Ir al contenido principal

Ponencia del Núcleo Pedagógico de Educación y Arte/ NUPEART- Universidad del Estado de Santa Catarina/UDESC


A CERÂMICA COMO MEIO TRANSFORMADOR
Aionara Preis Gabriel[1]
 Rosana Tagliari Bortolin[2]
  
Este texto apresenta algumas questões atreladas ao ensino da cerâmica e o curso de extensão universitária oferecido pelo Núcleo Pedagógico de Educação e Arte – NUPEART, através do Programa NUPEART Pro..Move no Centro de Artes – CEART da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. O programa oferece, entre outras ações, o curso de Modelagem e Preparação de Massas Cerâmicas para Queimas Alternativas, onde diferentes pessoas da cidade se reúnem semanalmente para conhecer e praticar cerâmica. Além deste curso, o programa conta entre outros eventos com o Festival de Vídeos sobre Arte Cerâmica e o Festival de Queimas Cerâmicas Alternativas. Os dois festivais contribuem com o conhecimento e a prática, partindo da preparação da massa, maturidade do trabalho e finalização com as queimas. Acompanhando os desdobramentos do contato do indivíduo com a matéria, é possível perceber transformações pessoais que contribuem com o autoconhecimento e novas relações a partir das experiências.

Palavras-chave: Cerâmica e Ensino, Queimas Alternativas, Extensão Universitária.

Ponentes en el auditorio Hemiciclo, Universidad de Bogotá Jorge Tadeo Lozano /UTADEO

O Núcleo Pedagógico de Educação e Arte - Nupeart tem como propósito integrar o conhecimento produzido no CEART aos educadores, alunos e demais grupos interessados, a fim de desenvolver interesse e sensibilidade pela arte. Como parte essencial da pesquisa científica aplicada, formado pelo tripé acadêmico pesquisa/ensino/extensão o programa busca dinamizar as produções artísticas com a produção dos participantes, incentivando a criação, sensibilização e a humanização das relações dentro deste ambiente técnico e científico que ali predomina.
As atividades desenvolvidas pelo Programa Nupeart Pro...move permitem entre tantas possibilidades, a realização de exercícios práticos em cerâmica capazes de revelar potencialidades humanas até então dormentes.
Ao promover eventos que aproximam a comunidade externa do meio universitário, as possibilidades de experiência e reflexão ampliam-se, democratizando o acesso ao conhecimento.  São estas propostas que acercam o público e o privado, arte e vida, material e imaterial da arte, dissipando o conceito de arte como objeto por trocas de experiências, que dão subsídios consistentes para desdobramentos do programa.

A Oficina
Ao refletir sobre o curso e eventos, é impossível não deixar uma impressão pessoal sobre estas vivências. Comecei a participar em 2013 como aluna da oficina Modelagem e Preparação de Massas Cerâmicas para Queimas Alternativas, ministrado e coordenado pela Profª Rosana Tagliari Bortolin. Deste então participo de todos os eventos, porém agora como bolsista.
Já, enquanto coordenadora do programa e educadora reconheço na docência, no caso da cerâmica, um campo de conhecimento específico. Entretanto, percebo que este, está permeado de conteúdo de várias áreas de saber e do ensino colaborando para o entendimento do sentido da existência humana. No que se refere aos saberes docentes, Clermont Gauthier (1998), coloca que não é suficiente conhecer o conteúdo, ter talento, usar o bom senso, seguir a intuição, ter experiência ou cultura. Um ofício feito de saberes concebe um sentido muito maior:
• Concebe os Saberes Disciplinares, aquele que perpassa a matéria, o conteúdo da área de conhecimento, é o conteúdo que o professor deve dominar para poder ensinar.
 • Concebe o Saber Curricular, onde o professor deve efetivamente conhecer o programa que lhe servirá de guia para planejar e avaliar o processo de ensino/aprendizagem.  
  • Concebe o Saber da Ciência da Educação, que são os conhecimentos acerca de sua profissão professor. Deve saber noções relativas ao sistema educacional, conselho escolar e carga horária. Talvez tenha também uma ideia da evolução de sua profissão, e domina determinadas noções de desenvolvimento da criança, as classes sociais, os estereótipos, a violência entre jovens, a diversidade cultural, etc. Em suma, possui um conjunto de saberes a respeito da escola que é desconhecido pela maioria dos cidadãos comuns e pelos membros de outras profissões (1998, p.31).
A realidade do curso que ministramos, poderíamos afirmar que faz parte de um ensino privilegiado, um tanto distante das problemáticas das escolas, uma vez que não é um aprendizado obrigatório e sim eletivo. Apesar de atendermos crianças, jovens e adultos de diferentes classes sociais, econômicas, profissionais e culturais, ao mesmo tempo e no mesmo lugar, os Saberes Disciplinares, Curriculares e os Saberes da Ciência da Educação, nos possibilitam proporcionar um ambiente tranquilo com foco no exercício da criação e da sensibilização através do conhecimento acerca das possibilidades que a cerâmica oferece.
Concordamos com Pimenta (2000), quando afirma que os saberes pedagógicos perpassam um entrelaçamento entre a experiência, o conhecimento e as necessidades pedagógicas postas pela realidade da educação. Ao confrontar as ações práticas do cotidiano com produções teóricas, é necessário que haja transformações efetivas (e afetivas), sobre a consciência que se tem da própria prática educativa. O professor é um sujeito transformador de realidades sociais e culturais, porém nem sempre na prática esta transformação da sociedade (tão almejada), é alcançada. Baixos salários, alta carga horária, falta de estímulo e incentivo na produção intelectual, aumento do índice de violência nas escolas... Portanto, segue-se o conceito sociopolítico do professor como “agente” transformador de práticas sociais! A dissociação entre teoria e prática gera um empobrecimento das práticas educativas nas escolas.
Para Sacristán (1999), a prática é a forma de educar que ocorre em diferentes contextos e instituições, assim a ação se refere ao sujeito. Para Zabala (1998), a prática institucional obedece a múltiplos determinantes, entre estes sociais e políticos que influenciam nas possibilidades metodológicas.
Para Bortolin (2006), cada ação artística a priori pré-concebida, está sujeita a modificação de acordo com o local e o público com que se depara. Para Cooper (1981) a cerâmica revela fatos e hábitos do ser humano que dificilmente seriam observados por outro material. Para Garraza, Barriuso, Garikano, Fernandes, Landaluce (1998-2000) a terra foi um dos elementos utilizados pelo homem ao longo da história para transformar e modificar suas condições ambientais, sociais, culturais, econômicas e estéticas.
 A Arte é uma disciplina, dada a sua relevância, oferecida de modo reduzido durante a vida escolar. Nesse sentido, através da extensão universitária procuramos suprir esta carência. Assim sendo, todo início de semestre oferecemos 30 vagas, sendo que o número de interessados é sempre o dobro do número de vagas. A maior parte do público faz parte da comunidade externa, leigos e iniciantes desta prática, isso evidencia que cada vez mais as pessoas estão buscando a cerâmica pelo conhecimento e ocupação, o que caracteriza a necessidade de mais projetos como este, onde o conhecimento é adquirido pela troca de experiências. Logo no primeiro dia da oficina é feito um mutirão para reciclar argila, nesta etapa que envolve o preparo do barro, os participantes emergem neste contato direto com a terra e no trabalho coletivo, dividindo as tarefas e colaborando com o outro. Durante os encontros os trabalhos são desenvolvidos individualmente, cada participante executa sua peça enquanto nós, professora e bolsista, circulamos entre a turma conversando e orientando cada projeto. Como um dos objetivos da oficina é aprender a composição de uma massa cerâmica refratária, orientamos sobre a necessidade de preparar a argila com talco e chamote para ter uma peça mais resistente ao choque térmico, capaz de suportar as variações de temperatura provocadas pelas queimas alternativas. Os participantes devem trabalhar algumas peças com esta mistura para posteriormente serem queimadas em fornos rudimentares. Mostramos a possibilidade de escolher três misturas: 150g talco industrial, 150g chamote, 1kg de argila; 100g talco industrial, 200g chamote e 1kg de argila; 200g talco industrial, 100g chamote, 200g de talco industrial  e 1kg de argila.
Ainda no início do curso, principalmente quando a maioria dos participantes nunca teve contato com a cerâmica, é proposta uma atividade de sensibilização. Cada um deve produzir dez bolas de argila e colocá-las lado a lado sobre a mesa. Em silêncio e com os olhos fechados, eles são orientados a pegar uma dessas bolas e sentir a matéria, perceber a textura e a relação das mãos quando a tocam, deixando os movimentos soltos sem intencionalizar uma forma. Para cada bola de argila é cronometrado um minuto, totalizando em dez minutos. Ao final da atividade, após todos falarem sobre a experiência, cada um escolhe uma peça e a reproduz em tamanho maior.
As atitudes dos participantes variam consideravelmente, vão desde á entrega total até o abandono. É possível perceber em algumas pessoas através do seu semblante um momento de introspecção, o que afirma a singularidade do ser humano. O principal fio condutor que percorre toda a oficina é a vida dos participantes, que é partilhada através da criatividade e convivência. (Ver Anexo – figura 1)
No decorrer do semestre é realizado o Festival de Vídeos sobre Arte Cerâmica, um suporte essencial para a criação, onde é possível conhecer e se aproximar de métodos de trabalhos de diversas culturas. Com divulgação nas mídias sociais, meio acadêmico e comunidade externa, o evento costuma ter um público grande, que interagem e trocam conhecimentos.
 É impossível conter a curiosidade e exaltação que acontece durante a exibição dos vídeos, ocasionando comentários e conversas urgentes sobre costumes, lugares, técnicas e curiosidades. Mesmo assim ainda há bastante assunto para o término da sessão e principalmente, as possibilidades de criação e concepção da cerâmica são ampliadas.
O Festival de Queimas Alternativas, evento que acontece no final de cada ano, é o que consolida todo o trabalho executado durante o ano. Feito durante um final de semana de sol, várias pessoas mobilizam-se por um mesmo objetivo, a construção dos fornos. Logo no início da manhã do sábado, sem que ninguém exija, as pessoas vão se organizando e aos poucos os trabalhos são divididos. Não há hierarquias, quem já possui certo conhecimento repassa para quem não tem, construindo de tijolo em tijolo relacionamentos que se somam.
Os tipos de fornos construídos em cada evento variam a cada ano, é preciso experimentar novos modelos para estabelecer parâmetros. Alguns são mantidos pela eficácia e resultados, como o forno de tijolos com carvão e o de Raku. O forno construído com tijolos furados é o mais acessível e tem apresentado excelentes resultados. No chão é feito uma “cama” de tijolos dispostos lado a lado, a largura varia com a quantidade e tamanhos das peças. Nas laterais, colocamos argila e as fendas são vedadas obstruindo qualquer entrada de ar, para que não tenha perda de calor. Em seu interior, camadas de carvão são intercaladas com as peças cruas que foram preparadas durante o ano com a massa cerâmica acrescida de talco e chamote. São erguidas algumas prateleiras com pedaços de ferro de construção para que durante a queima as peças não caiam sobre as outras. Estas peças são colocadas próximas uma da outra com carvão em volta e se possível em seu interior, sempre respeitando o peso, mais pesadas embaixo, mais leves em cima. Além da praticidade e do baixo custo, este forno atinge temperaturas altas, deixando característica metalizada nas peças. (Ver Anexo - figura 2)
Outros fornos construídos como o de papel com formato semelhante a um formigueiro é também um forno acessível financeiramente, de fácil execução, que exige a cooperação do trabalho em grupo e quando ateado o fogo, esse fornece um espetáculo de luzes e dança, como uma escultura viva incandescente.
Todo o encantamento presente neste evento, da consolidação da cerâmica pelo fogo, do cooperativismo entre os participantes, da construção dor fornos por nossas mãos e da destruição pelo fogo, das receitas de comida e risadas partilhadas, são saberes e trocas que tornam este evento importante para os participantes e para o fortalecimento da cerâmica em Florianópolis. (Ver Anexo - figura 3) 

Outros desdobramentos
            Este ano, além da Oficina de Preparação de Massas para Queimas Alternativas, festival de vídeo e de queima, o NUPEART Pro...Move ofereceu mais duas opções de prática e conhecimento sobre cerâmica. Idealizado pela Profª de cerâmica da UDESC Luciane Garcez, duas turmas para prática de cerâmica de torno elétrico foram abertas. O curso é ministrado voluntariamente pela ceramista Rosângela Rosa, que se dispôs em compartilhar seus conhecimentos de cerâmica de torno.
            O número de interessados em praticar cerâmica vem crescendo expressivamente nos últimos tempos e conforme as pessoas vão imergindo com a prática, dúvidas e curiosidades vão surgindo, estas, relativas ao comportamento e influências que a cerâmica sofre em todas as etapas. Diante desta necessidade, foi criado o grupo de Estudos sobre Cerâmica que tem como coordenadora a bolsista Aionara Preis Gabriel. São encontros quinzenais com até duas horas de duração onde um determinado assunto é debatido. Dividido em cinco módulos: Matérias Primas; Secagem; Queimas; Revestimentos e Massas, os conteúdos são estudados por todos e debatidos nos encontros.
            Durante o primeiro trimestre o módulo I, Matérias Primas, foi estudado com maior intensidade, isso porque um dos participantes possui formação em Geologia e ofereceu suporte técnico para o desenvolvimento de alguns testes com diferentes tipos de argila. (Ver Anexo - figura 4)
No grupo de Estudos Sobre Cerâmica, não há o professor que ensina e os alunos que absorvem o conteúdo. Entende-se que os participantes tem interesse em conhecer melhor a argila com que trabalham e isso é o impulso para a pesquisa e o compartilhamento dos saberes. Junto com a parte teórica estão previstas algumas práticas, como por exemplo, a reforma e queima do forno a lenha da UDESC. Os conteúdos são alternados de acordo com o interesse e a necessidade dos participantes.
Na cerâmica artística artesanal é comum ouvir dizer que o ceramista não possui o total domínio da matéria e que deve acostumar-se ao acaso. De certa forma é isso que acontece, o ceramista está ciente das intempéries que a cerâmica pode sofrer. No entanto saber identificar as mudanças e problemas ocorridos em cada etapa, contribui para o entendimento e desenvolvimento do seu trabalho, podendo utilizar estes fatos ao seu favor.
 Através do “alfabetizar” sobre a arte cerâmica é que se estabelece e fortalece o apreciar do fazer cerâmico. Assim sendo, é a somatória da troca de saberes entre os participantes de todos os cursos e eventos que nos entusiasmam para seguir com o Programa de Extensão Universitária NUPEART Pro...move em prol da propagação da arte cerâmica.

 Bibliografia

BORTOLIN, R. T. (2006). Ninho Casa e Corpo. Dissertação de Mestrado, Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.
COOPER, Emmanuel (1981). Historia de la Cerâmica. Barcelona: CEAC.
GARRAZA, A; BARRIUSO, S.G.; GARIKANO, J. A.; FERNANDEZ, N.; LANDALUCE. S. (1998-2000). Crudo Quemado. Facultad de Bellas Artes, Depto de Escultura, Universidad del Pais Vasco.
GAUTHIER, C. (1998). Por uma teoria da Pedagogia. Pesquisas Contemporâneas sobre o saber docente. Ijuí, Unijuí.
PIMENTA, S. G. (2002). O estágio na formação de professores: unidade, teoria e prática. 5ª ed. São Paulo: Cortez.
SACRISTÁN,J.G; GÓMEZ, A.I.P. (2000). Compreender e transformar o ensino. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed.
ZABALA, A. (1998). Prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed.
  
  Aionara Preis Gabriel, (Criciúma, 1989). Técnica em Cerâmica Artística Artesanal pela Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina, Criciúma; Bacharel em Artes Visuais pela UDESC; Licenciatura em Artes Visuais em andamento pela mesma instituição; professora da Oficina de Artes do Centro de Referência de Assistência Social, Florianópolis; Bolsista do programa Nupeart Pro...move. Já trabalhou com restauração de arte sacra e educação em espaços culturais.


            CURRICULUM ARTÍSTICO
  
Rosana Bortolin, (Passo Fundo, Brasil, 1964). Licenciada e Bacharel em Desenho e Plástica; e, Especialista em Cerâmica- Universidade de Passo Fundo-RS. Mestre em Poéticas Visuais- Escola de Comunicação e Artes - ECA /USP. Doutoranda em Escultura na Universidade do País Vasco-UPV, Espanha, estágio doutorado europeu FBAUL, Lisboa, Portugal. Professora no Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC, em Florianópolis/SC, Brasil. Expõe regularmente desde 1984.

Série Desenvolvidas com a realização de Exposições Individuais: Ovóides, Guardiões, Alguidares, Habitar Ninhos e Profano-Sagrado, onde realiza micro intervenções pelos lugares por onde percorre. 

Coordenadora do Espaço Oficina - Galeria Estúdio.
Coordenadora do Programa NUPERAT Pro...Move do CEART/UDESC.
Membro da Comissão Cultura da Franklin Cascaes, Florianópolis/SC.
Chefe do Departamento de Artes Visuais do Centro de Artes da UDESC.






Comentarios

Entradas más populares de este blog

Ponencia de la Escuela de Arte Xul Solar

LA ENSEÑANZA DE LA CERÁMICA  EN CONTEXTO DE ENCIERRO El impacto de la cerámica en la subjetividad Autora: Rosángela Manzione [1] Articulo generado como reseña de charlas institucionales sobre la experiencia pedagógica de enseñar cerámica en Contexto de Encierro basada en la capitalización de mi experiencia docente a lo largo de 27 años y el material bibliográfico del que hoy disponemos. Articulo de reflexión (inédito)  10/5/2016 Junín (B),  Argentina RESUMEN Llevamos adelante una propuesta pedagógica inédita en nuestro país: formar Técnicos Ceramistas en contexto de encierro. Porque creemos en la fuerza transformadora de la Educación y del Arte y en la posibilidad de cambio cuando las circunstancias y las oportunidades se concretan es que construimos  esta propuesta educativa donde hace tanta falta. Y  través  de la cerámica nos proponemos el desarrollo de capacidades interpretativas, creativas y tecnológicas, la formación de ciudadanos participes, cr

Ponencia del Semillero de Investigación ARCILLAS LOCALES

Programa de Artes Plásticas y Visuales  Universidad Del Tolima Fecha: 5 de mayo de 2016,  Ciudad: Ibagué, Tolima Texto Inédito, resultado del proceso de  investigación-creación del Semillero Arcillas Locales, durante  un año de experiencia.  Este semillero de investigación se encuentra adscrito a la Oficina de Investigaciones de la Universidad del Tolima. Resumen Este trabajo  es producto del  Semillero de investigación Arcillas Locales de la Universidad del Tolima, quien realiza un estudio sobre la materia prima de algunas de las ladrilleras del municipio de Ibagué,  para conocer de primera mano, las minas de arcilla de la región y los procesos de explotación de las mismas; así como para realizar procesos creativos que involucren las comunidades. Palabras clave: arcilla, ladrilleras, memoria, comunidades y creación. Ponentes durante la presentación en el Museo Nacional de Colombia Introducción La ciudad de Ibagué, está localizada en una región de g

Ponencia de Flavia Leme de Almeida, Instituto de Arte- Universidad del Estado de San Pablo- UNESP

NO INICIO ERA O BARRO: Mitos indígenas latinos americanos ligados ao fazer artístico da cerâmica Flavia Leme de Almeida [1] RESUMO: Esta pesquisa versa sobre algumas mitologias indígenas latino-americanas que explicam a origem do barro e de certos rituais ligados ao fazer artístico da cerâmica. Esses grupos, organizados de modo a definir claramente os papéis dos homens e das mulheres, determinados por suas diferenças fisiológicas, desconheciam os processos de fertilidade - tanto da terra, quanto da mulher. Por este motivo, atribui-se às mulheres poderes místicos e sagrados correlacionados à terra. Talvez seja esta a explicação mais eloquente sobre a provável relação ritualística e mítica entre a mulher e a cerâmica. E é por meio dos mitos e historias, em um processo de educação não formal, que as sociedades se regularizam. PALAVRAS-CHAVE: Barro; ancestralidade; fazer artístico. INTRODUÇÃO:   Uma das muitas maneiras de se conhecer e se aprofundar na recon